por VALERIO BARRETTA
Márquez e os apitos em Misano
Uma mancha no primeiro fim de semana em Misano é representada pelas vaias do público a Marc Márquez por ocasião do pódio que celebrou o segundo triunfo consecutivo do espanhol. Vaias que historicamente fazem parte da natureza e da cultura de outros esportes, mas também acontecem no automobilismo, e não apenas na Itália.
Márquez os encarou filosoficamente, conhecendo bem o amor do público por Valentino Rossi e por todos os caras vindos da Academia dos Médicos. E talvez, no fundo, ele também os tenha apreciado, porque são o testemunho sonoro de que #93 voltou a níveis muito elevados e a ser assustador.
As palavras de Márquez
“As vaias? Num circuito deve haver tudo e você tem que saber aceitar. O fato de ‘Pecco’ ter mandado os fãs pararem, porém, diz muito sobre ele. Você tem que saber quando é o seu momento, e em Misano foi o momento do ‘Pecco’, não o meu“, estas são as palavras do campeão espanhol aos seus compatriotas Cadena SER.
Márquez, que também deu preferência a Bagnaia caso não consiga vencer o Mundial, espera que “Pecco” e Jorge Martin subam de nível para o fim de semana de 22 de setembro. Mas não por esta razão o Cabroncito vai desistir: “Espero uma concorrência muito alta. Em Misano, realisticamente, não tive hipóteses de ganhar. Portanto, estou muito satisfeito por ter liderado, por ter saído, por ter estabelecido o recorde e por ter mantido a velocidade. Quando você consegue sua primeira vitória, você se sente mais livre, ganha confiança e espera poder ganhar impulso. De agora até ao final da temporada não será possível vencer todas as corridas, mas subir ao pódio será um dos objetivos”.